A nova tendência que pode mudar a forma de trabalhar
O debate sobre o futuro do trabalho ganhou um novo capítulo. Depois da discussão entre retorno presencial e home office, surge um modelo que coloca o foco no tempo, e não no lugar: o microshifting.
O que é microshifting
Diferente do trabalho remoto ou híbrido, o microshifting organiza a rotina em pequenos blocos ao longo do dia. Não é preciso cumprir oito horas seguidas diante do computador. A ideia é alternar tarefas profissionais com atividades da vida pessoal, criando uma rotina mais flexível e equilibrada.
É possível, por exemplo, trabalhar cedo, fazer uma pausa para levar os filhos à escola e retomar as tarefas à tarde ou à noite. Essa lógica dialoga com uma tendência percebida entre profissionais mais jovens, que buscam horários mais humanos, e não apenas a redução da jornada.
O lado menos visível da flexibilidade
A liberdade, no entanto, exige cuidados. Como alerta a jornalista Jessica Stillman, “se cada momento do dia puder ser trabalho, nenhum momento será verdadeiramente descanso”. Sem limites claros, a desconexão se torna difícil e a colaboração entre equipes pode ser prejudicada.
Para reduzir esses riscos, empresas que adotam o microshifting têm apostado em métricas baseadas em entregas, e não em horas trabalhadas.
Por que tantas pessoas se interessam pelo modelo?
Um levantamento da Owl Labs mostra que 65% dos profissionais preferem rotinas mais flexíveis, como o microshifting. Para eles, ajustar as tarefas aos momentos de maior energia e foco aumenta a produtividade e melhora a qualidade de vida.
O microshifting ainda está em expansão, mas já provoca uma nova reflexão: o futuro do trabalho talvez não dependa apenas do lugar onde estamos, mas de como organizamos o nosso tempo.





