Drone e IA na luta contra pragas na lavoura do cerrado

Drone e IA na luta contra pragas na lavoura do cerrado

A agricultura moderna tem um novo aliado tecnológico: a Inteligência Artificial (IA) e os drones. Uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), apoiada pela FAPDF, desenvolveu uma plataforma capaz de identificar ervas daninhas com impressionantes 96% de precisão.

O foco é o caruru-palmeri (Amaranthus palmeri), uma espécie invasora que causa perdas milionárias em plantações como soja e algodão no Cerrado.

Como Funciona Essa Tecnologia?

O projeto, coordenado pelo professor Edilson de Souza Bias (UnB), utiliza uma combinação de equipamentos de ponta:

  1. Drones de Alta Performance: Aeronaves equipadas com sensores avançados (RGB, multiespectral, termal e LiDAR).
  2. Sensores Precisos: O uso do sistema RTK garante um mapeamento com precisão de centímetros.
  3. Inteligência Artificial (Deep Learning): A IA foi “treinada” com milhares de imagens para reconhecer automaticamente os padrões sutis das plantas invasoras.

Essa tecnologia permite que os agricultores localizem e combatam as pragas rapidamente, antes que elas se espalhem e causem grandes prejuízos.

Alerta no Campo e Próximos Passos

A ideia do projeto ganhou força em 2023, quando a Secretaria de Agricultura do DF (Seagri-DF) alertou sobre o risco do caruru-palmeri na região.

“A plataforma de código aberto já está pronta e será aplicada no DF como fase final do projeto,” explica o professor Edilson Bias.

O objetivo é simples: permitir que a Seagri use a ferramenta para identificar e mapear as áreas afetadas de forma rápida e precisa. A ciência da UnB, em parceria com outras universidades, está protegendo o futuro da produção de grãos no Distrito Federal.

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Alvaro Maciel

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