Empresa de Ceilândia suspeita de sonegar R$ 21 milhões em impostos
O Governo do Distrito Federal (GDF) está em alerta contra a sonegação. A Secretaria de Economia (Seec-DF) e a Polícia Civil (PCDF) deflagraram uma operação contra uma grande rede de cosméticos de Ceilândia.
A suspeita é grave: o grupo teria sonegado mais de R$ 21,6 milhões em impostos. A investigação aponta que a empresa movimentou mais de R$ 250 milhões entre 2019 e 2025.
Como Funcionava a Fraude?
Auditores fiscais da Seec-DF e policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão na matriz em Ceilândia e nas residências dos envolvidos.
As investigações mostram que o grupo usava um esquema complexo:
- Empresas de Fachada: Dezenas de CNPJs registrados em nome de familiares e “laranjas”.
- Substituição: Sempre que uma empresa acumulava dívidas, era fechada e substituída por uma nova, no mesmo lugar, sem pagar os impostos.
- Simples Nacional Ilegal: Parte das empresas estava no Simples Nacional, mas faturava muito acima do limite permitido por lei.
Apesar de todas as trocas de nome, as lojas funcionavam com a mesma marca e a mesma administração, caracterizando um grupo econômico irregular que tinha como objetivo enganar o fisco.
Ocultação de Bens
As investigações apontam também para o desvio de patrimônio. Bens e valores eram transferidos para terceiros, enquanto carros de luxo e imóveis caros apareciam no nome de pessoas ligadas ao grupo, com rendas incompatíveis.
O subsecretário da Receita do DF, Clidiomar Pereira Soares, garantiu que a operação é essencial:
“Não se trata apenas de recuperar valores devidos, mas de garantir uma concorrência justa para quem cumpre suas obrigações.”
A ação busca interromper essa prática para garantir um ambiente de negócios mais justo e equilibrado no comércio do Distrito Federal.





