Obesidade infantil aumenta e acende um alerta de saúde

Obesidade infantil aumenta e acende um alerta de saúde

Pela primeira vez na história, a obesidade infantil superou a desnutrição no mundo, segundo a Unicef. Um em cada cinco jovens entre 5 e 19 anos está acima do peso, o que acende um sinal de alerta global. Em Brasília, profissionais de saúde já sentem esse impacto, observando o aumento de casos em crianças.

O pediatra Luis Henrique, do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), explica que essa mudança está ligada ao consumo de alimentos industrializados e ao sedentarismo. Segundo ele, as consequências surgem cedo, como diabetes tipo 2, hipertensão e problemas ortopédicos. Há também efeitos emocionais, como baixa autoestima e bullying.

Mudança na Nutrição e Impacto no Brasil

Antes, a má nutrição estava ligada à falta de comida, mas hoje a realidade é outra: muitas crianças têm acesso a alimentos, mas sem os nutrientes necessários para uma dieta equilibrada.

No Brasil, a obesidade infantil triplicou desde o ano 2000, atingindo 15% das crianças e adolescentes em 2022. A Unicef alerta que, sem ações de prevenção, o problema pode gerar um impacto econômico global de mais de US$ 4 trilhões por ano.

Prevenção Começa em Casa

A nutricionista Ingrid Oliveira, também do HRSM, reforça que a prevenção deve começar em casa. “Quanto mais cores no prato, melhor, sempre priorizando alimentos locais e naturais”, explica. Ela orienta a reduzir o consumo de industrializados, como biscoitos recheados e embutidos, e a trocar sucos de caixinha por frutas.

Além da alimentação, é essencial diminuir o tempo de telas e incentivar atividades ao ar livre. A postura dos pais é fundamental. “Não adianta impor restrições se os adultos não forem referência”, afirma.

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Alvaro Maciel

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