Atletas do DF brilham no Parabadminton nos Jogos Parapan-Americanos
Samambaia, DF – A raquete na mão e o sonho no olhar. Quatro atletas do Distrito Federal, representando o Centro Olímpico e Paralímpico (COP) de Samambaia, estão prontos para o Campeonato Brasileiro de Parabadminton. O torneio, que acontece em Cuiabá (MT) entre os dias 24 e 28 deste mês, é crucial para a classificação nos Jogos Parapan-Americanos de 2027, no Peru.
A viagem da equipe é viabilizada pelo programa Compete Brasília, da Secretaria de Esporte e Lazer do DF (SEL-DF), um importante incentivo ao esporte local.
Destaques e Estreantes
Entre os talentos que buscam o pódio, está Daniele Torres, 32 anos, a atual líder do ranking brasileiro. Com passagens pelas Paralimpíadas de Paris e diversas vitórias, Daniele destaca a importância do esporte: “Costumo falar que o esporte é vida. Traz autonomia e novas perspectivas, principalmente para as pessoas com deficiência.”
Além de Daniele, a equipe conta com David Guilherme Souza Lima, 15, e Maiara Almeida, 15, ambos já com experiência na modalidade. A grande novidade é Maria Aparecida Honorato, 55 anos, que fará sua estreia nas quadras. Maria, que ficou cadeirante após um acidente, encontrou no parabadminton uma nova paixão e dedicação. “Nunca imaginei que poderia competir, ainda mais com a minha idade. Estou me preparando para dar o meu melhor”, afirma.
Treinos Intensos e Estratégia
Os treinos da equipe acontecem às terças e quintas-feiras no COP de Samambaia. Com o campeonato batendo à porta, o foco está em elementos estratégicos: toque de cadeira, deslocamento em quadra, batidas na peteca, mobilidade de membros superiores e trabalho de força.
Adriano Cardoso, treinador da equipe e professor do COP de Samambaia, explica que a preparação é completa: “Começamos com alongamento e mobilidade, depois vem a parte de musculação e fortalecimento. Também temos o deslocamento em quadra, com movimentos de jogo, e as batidas de peteca para pensar em estratégias.”
O Parabadminton em Detalhes
O parabadminton é disputado por dois atletas, que podem ter deficiência física, intelectual ou surdez. O objetivo é fazer a peteca tocar o chão da quadra adversária ou forçar o erro do oponente. Cada disputa inclui três games de 21 pontos. “O truque está na força do punho. Se for forte o suficiente, o adversário pode não conseguir pegar a peteca e você faz ponto”, revela David Guilherme.
Incentivo ao Esporte no DF
O COP de Samambaia, construído em 2009, foi o primeiro centro de incentivo à prática desportiva do Distrito Federal. Hoje, a capital conta com 12 Centros Olímpicos e Paralímpicos, oferecendo diversas modalidades esportivas para a comunidade. As inscrições para as aulas são abertas no site da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF) no início de cada semestre.





