O Balé que transforma a vida de meninas no Itapoã

O Balé que transforma a vida de meninas no Itapoã

Um projeto social no Itapoã está mudando a vida de 120 meninas, realizando o sonho de muitas de se tornarem bailarinas. A iniciativa, gratuita e fruto de uma parceria entre a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) e o Instituto Florescer, oferece aulas de balé em um espaço totalmente reformado na Praça dos Direitos do Itapoã.

Para Eveline Sousa Silva, de 43 anos, mãe de Maria Alice, 7, o projeto é a realização de um desejo antigo. “Eu não tinha condições financeiras”, conta ela, emocionada. Maria Alice, que tem TDAH, encontrou na dança uma nova forma de expressão e desenvolvimento. “Ela melhorou demais, é outra criança. Se sente valorizada, feliz. O balé trouxe luz para a nossa casa”, celebra a mãe.

Um Espaço para Florescer

As aulas acontecem em uma sala reformada pela Sejus, com piso novo e espelhos, oferecendo um ambiente acolhedor e seguro. Essa estrutura de qualidade garante não só conforto, mas também dignidade e pertencimento às crianças.

Recentemente, a Amostra Artística na Praça dos Direitos do Itapoã mostrou o impacto do projeto. As 120 alunas se apresentaram e encantaram o público. Ana Júlia Carvalho, de 5 anos, moradora do Paranoá, é um exemplo da alegria gerada pela iniciativa. Sua mãe, Rafaela Palmas de Carvalho, destaca a importância do balé na rotina da filha: “Ela está realizando um sonho que também foi meu. Mas, mais do que isso, agora ela tem uma ocupação, algo que a motiva, que dá sentido.”

O evento contou também com a participação da Associação Sociocultural São Luís Orione Itapoã (ASLOI), parceira da Sejus-DF, que apresentou balé e violino. A colaboração mostra como parcerias e investimento público em arte e cultura podem gerar inclusão e transformação social.

Mais que Balé: Oportunidades e Cidadania

Marcela Passamani, Secretária de Justiça e Cidadania, ressalta a Praça dos Direitos como um local de oportunidades. “A Praça dos Direitos é um instrumento poderoso de transformação social. Aqui, o balé é só uma das expressões da mudança que a arte, o esporte e a educação promovem na vida dessas meninas e meninos”, afirma.

Além do balé, a unidade do Itapoã oferece outras atividades gratuitas como futebol, capoeira, judô, jiu-jítsu, vôlei e reforço escolar, com uma média de mais de 60 atendimentos diários. Tudo com acompanhamento técnico e um olhar humano para o desenvolvimento dos participantes.

Katiane Santos, professora voluntária do Instituto Florescer, vê o balé como algo que vai além da técnica. “Mais do que dança, piruetas e pliés, é trazer oportunidade de conhecer novas culturas, de praticar uma arte que está fora da realidade de muitas famílias daqui. Isso transforma vidas”, explica. Algumas ex-alunas hoje são monitoras, mostrando como a arte pode abrir portas e criar novas trajetórias.

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Alvaro Maciel

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