Especialistas detalham cuidados para uma gestação segura
Com o aumento de mulheres que adiam a maternidade, planejamento e acompanhamento são cruciais para a saúde da mãe e do bebê.
O número de mulheres que se tornam mães depois dos 40 anos cresceu quase 60% no Brasil entre 2010 e 2022, segundo o IBGE. Com essa tendência, é essencial entender os cuidados especiais para uma gravidez saudável nessa fase da vida.
A ginecologista e obstetra Ana Carolina Ramiro, do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), explica que a produção de óvulos diminui após os 40, e as chances de gravidez natural caem. Além disso, há um risco maior de alterações genéticas nos óvulos e de abortos.
Riscos e Cuidados Essenciais
Uma gestação tardia pode trazer mais riscos de diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, abortos, hemorragias pós-parto e parto prematuro. A médica Ana Carolina ressalta que, apesar disso, muitas mulheres têm gestações saudáveis com o acompanhamento certo.
Ela destaca que essas pacientes geralmente são mais comprometidas com o pré-natal, buscando exames mais frequentes e acompanhamento multidisciplinar. Mesmo que nem toda gravidez tardia seja de alto risco, a avaliação médica constante e o acompanhamento rigoroso são indispensáveis. O HRSM, por exemplo, é referência no atendimento a gestantes de alto risco, com leitos exclusivos e equipe multidisciplinar.
O Lado Emocional da Maternidade Tardia
A psicóloga Alane Lima, que atua na maternidade do HRSM, percebe que gestantes acima dos 40 anos enfrentam uma carga emocional maior. Medos de complicações, perdas anteriores ou de não conseguir cuidar do bebê são comuns.
Nesse cenário, o apoio psicológico é fundamental. A psicologia oferece um espaço seguro para expressar angústias, fortalecer o vínculo mãe-bebê e desmistificar a ideia de “maternidade ideal”.
A Experiência de Mônica: Uma Gravidez Diferente
Mônica Christiani Ribeiro, de 40 anos, está à espera de sua terceira filha. Internada no HRSM por pressão alta, ela percebe as diferenças em relação às gestações mais jovens. Além da pressão alta e diabetes, a vitalidade física é menor, e as preocupações com a saúde do bebê e o parto aumentam.
Apesar dos medos, Mônica destaca a maturidade para buscar informações e o pré-natal rigoroso como pontos positivos. Ela lê, assiste a vídeos e esclarece todas as dúvidas, garantindo um acompanhamento completo.
Essa história mostra que, com informação e suporte, a gravidez após os 40 pode ser uma experiência feliz e bem-sucedida.





