Procon notifica 56 postos por aumento injustificado no preço!
O Procon-DF agiu! O órgão notificou 56 postos de combustíveis do Distrito Federal para que expliquem o aumento no preço da gasolina que aconteceu na última semana. Os donos dos postos têm dez dias para justificar o reajuste, ou podem ser multados em cerca de R$ 50 mil por estabelecimento.
O que o Procon encontrou?
Fiscais do Procon visitaram 81 postos, cerca de 25% do total no DF. Eles pediram as notas de compra e venda da gasolina. A surpresa? Não foi encontrado um aumento grande no preço de compra do combustível junto às distribuidoras.
O Procon-DF percebeu uma variação de apenas R$ 0,02 a R$ 0,05 no preço de compra da gasolina. Essa pequena diferença não justifica o aumento de até 50 centavos para o consumidor, que fez o valor do litro chegar a R$ 6,89.
Preço voltou a cair
Após o aumento, o preço da gasolina voltou a cair na última quarta-feira (9/7). Alguns postos nas Asas Sul e Norte, que antes cobravam R$ 6,89, agora vendem o litro por R$ 6,45.
Essa mudança nos preços aconteceu dias depois de a Advocacia-Geral da União (AGU) pedir investigações sobre possíveis práticas contra a concorrência nos preços dos combustíveis, incluindo uma apuração da Polícia Federal (PF). A AGU suspeita que distribuidores e revendedores não estariam repassando as reduções de preço feitas pelas refinarias aos consumidores.
Sindicato nega ligação com investigações
Paulo Tavares, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), nega que a queda nos preços tenha a ver com o pedido de investigação da AGU.
Ele explicou que duas grandes redes, que juntas têm cerca de 100 postos no DF, decidiram não repassar o aumento do álcool anidro e absorver o prejuízo. “Depois de três a quatro dias, os outros postos que haviam aumentado tiveram que botar o preço igual ao dessas redes”, disse Tavares.
Na semana passada, o Sindicombustíveis havia dito que o aumento da gasolina ocorreu porque as distribuidoras reajustaram os valores de todos os produtos sem explicar o motivo. O álcool anidro, segundo o sindicato, subiu mais de R$ 0,20 nas últimas semanas, o que teria gerado uma “guerra de preços”.





