Campanha “Fazer o Bem Tá na Moda” transforma vidas de reeducandas

Campanha “Fazer o Bem Tá na Moda” transforma vidas de reeducandas

Unindo moda, solidariedade e a força da ressocialização, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) lançou a segunda edição da campanha “Fazer o Bem Tá na Moda. A iniciativa, que transforma o desapego em oportunidade, vai beneficiar 200 mulheres em situação de vulnerabilidade com bolsas recheadas de roupas, calçados e acessórios de qualidade, ao mesmo tempo em que promove a reintegração social e a geração de renda.

O lançamento, realizado nesta quarta-feira (18), marcou a entrega das primeiras 50 bolsas da campanha. Essa leva inicial será destinada ao Instituto Inclusão de Desenvolvimento e Promoção Social, que atende mulheres em situação de rua, oferecendo apoio psicossocial e oficinas de capacitação.

Mais do que uma simples arrecadação, a campanha “Fazer o Bem Tá na Moda” aposta na economia circular, na ressocialização de mulheres privadas de liberdade e no incentivo ao empreendedorismo feminino. Cada bolsa é cuidadosamente confeccionada por reeducandas da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF), vinculada à Sejus-DF.

Ressocialização e Autonomia: Um Ciclo Virtuoso

Para as reeducandas, o trabalho na costura é um passo fundamental para a reintegração à sociedade. Além de adquirirem uma nova habilidade, elas recebem um pagamento equivalente a três quartos do salário mínimo e têm um dia de pena descontado a cada três dias trabalhados. “Sempre achei essencial ocupar a mente e oferecer oportunidades reais para essas mulheres”, afirmou a empresária Leila Bessa, que doou os tecidos para a confecção das bolsas. “Doar tecidos que promovem a capacitação e ressocialização é uma honra.”

A campanha mobiliza 200 mulheres com independência financeira, que recebem uma bolsa personalizada para preenchê-la com itens de uso pessoal que não utilizam mais. As primeiras 50 bolsas devem ser devolvidas preenchidas em até 15 dias. Os itens arrecadados serão direcionados às mulheres atendidas pelo Instituto Inclusão, oferecendo uma oportunidade concreta de geração de renda e empreendedorismo.

A jornalista e influenciadora Anna Paola Frade Pimenta da Veiga, madrinha colaboradora da campanha, destacou o poder de transformação da iniciativa. “Essa integração com as mulheres privadas de liberdade traz uma luz no fim do túnel, dando oportunidade de se reinventarem. Do outro lado, são 200 mulheres que terão a chance de vender esses itens, fazer a diferença no fim do mês e transformar suas realidades.”

Impacto Comprovado e Futuro Promissor

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, idealizadora da campanha, celebrou o sucesso da primeira edição, que também beneficiou 200 mulheres, reforçando o impacto positivo da mobilização social. “Essa campanha representa transformação em diversas frentes: gera oportunidades para mulheres em vulnerabilidade, ressignifica o trabalho das reeducandas e mobiliza a sociedade pelo bem.”

A pedagoga Taisa Oliveira, representante do Instituto Inclusão, explicou que as bolsas serão vendidas em um bazar solidário, e toda a verba arrecadada será revertida para o acolhimento das mulheres. “São pessoas que estão recomeçando, e esse apoio faz toda a diferença”, disse.

Os resultados da primeira edição são a prova do sucesso: “Recebemos as bolsas lacradas, com peças em excelente estado. Promovemos um bazar e o resultado foi incrível. As mulheres puderam vender os produtos, dando início a seus empreendimentos. Além de gerar renda, o processo elevou a autoestima e a esperança de muitas”, afirmou Kátia Ferreira, diretora do Instituto Proesa, beneficiado anteriormente.

A campanha “Fazer o Bem Tá na Moda” é um belo exemplo de como a colaboração e a economia circular podem gerar um impacto social profundo, criando um ciclo de esperança e novas oportunidades para muitas mulheres no Distrito Federal.

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Alvaro Maciel

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