Lago Paranoá mais seguro: Bombeiros ampliam postos de socorro na orla

A segurança e o lazer no Lago Paranoá acabam de ganhar um reforço vital! O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) instalou dois novos postos de socorro em pontos estratégicos da orla, elevando para cinco o número total de bases com guarda-vidas no lago. As novas estruturas estão localizadas próximo à Ponte Juscelino Kubitschek e na popular Prainha do Lago Norte, somando-se aos postos já existentes na Ponte do Bragueto, Prainha da Asa Sul e Praça dos Orixás.
A ampliação da cobertura de guarda-vidas visa atender ao crescente número de frequentadores do Lago Paranoá, especialmente nos fins de semana e feriados. Com o programa de transporte público gratuito Vai De Graça, implementado pelo GDF, a expectativa é que mais pessoas aproveitem os dias de sol para desfrutar das belezas do lago.
Atendimento Rápido e Eficiente: Prevenção é a Chave
Totalmente equipados e com equipes de profissionais treinados, os novos postos garantem atendimento rápido e eficiente em situações de emergência, como afogamentos, acidentes aquáticos e primeiros socorros. A presença dos bombeiros também intensifica a orientação aos banhistas sobre práticas seguras na água.
A sargento Camila Rodrigues, guarda-vidas do Grupamento de Busca e Salvamento, destaca que a Ponte JK e a Prainha do Lago Norte são as regiões de maior movimento e, infelizmente, também as que registraram um aumento nos índices de afogamento após a pandemia, período em que o Lago Paranoá se tornou um destino de lazer ainda mais popular.
Segundo a sargento, a falta de informação é um dos principais fatores para os incidentes. “A gente está aqui, além de fazer a prevenção, para informar. Se você não sabe nadar, coloque um colete e pergunte ao bombeiro qual é o melhor lugar para entrar, onde tem menos pedras”, orienta. Ela reforça que o objetivo não é desestimular a visitação, mas garantir que todos aproveitem o lago com segurança, cientes de que há uma equipe pronta para auxiliar.
Sebastião Cardoso da Costa, mecânico industrial de 47 anos, que aproveitou o dia de sol com a família próximo ao novo posto, sente-se mais seguro. “É muito importante viver esse momento sabendo que se acontecer algo que não esteja previsto, tem alguém para nos socorrer. A gente traz criança e todo mundo sabe como é, pisca o olho e lá está o menino aprontando. Então, se tem alguém olhando, se tem posto de bombeiro para todos os lados, é importante”, relata.
Alerta e Conscientização: Perigos da “Ilha do Tesouro”
O relatório “Estatísticas de Ocorrências Aquáticas Atendidas pelo CBMDF” registrou 62 afogamentos em 2024, com 19 óbitos. Em 2025, até 31 de março, foram 20 afogamentos e 11 óbitos. Esses números reforçam a necessidade de atenção ao utilizar o lago.
Um dos pontos de maior risco é a “Ilha do Tesouro”, uma ilhota próxima à Ponte JK. Muitos se arriscam a nadar até lá, mesmo estando a cerca de 50 metros da margem, em uma área onde a profundidade do lago pode chegar a 15 metros. Laélio Araújo Costa, instrutor de stand up paddle, alerta para os perigos: “Tem muita gente que bebe e quer entrar na água. Se afogar, o bombeiro vai estar aí para ajudar. Domingo passado mesmo teve um afogamento nessa área, há cerca de cinco metros da margem; então esse reforço ajuda na segurança da região, fica mais rápido o socorro.”
A sargento Camila Rodrigues enfatiza que não há proibição de ir até a ilha, mas ressalta a importância de saber nadar, não ir sozinho e usar um colete salva-vidas. “As pessoas não sabem o real perigo, o lago fica profundo muito rápido. Então, às vezes estão ali conversando com água na altura do joelho, dá três passos e a água já cobre a cabeça. Junta a bebida e a desinformação”, alerta, citando o uso inadequado de colchões ou caixas de isopor como boias.
Matheus Severo, estudante de 25 anos e frequentador assíduo do lago, destaca a importância do colete: “Mesmo sabendo nadar, é essencial o uso do colete, que salva vidas mesmo, além de auxiliar. Quando a pessoa está se afogando, cada segundo conta; então, quanto mais postos dos bombeiros, melhor, porque os banhistas não estão concentrados em apenas uma área.”
Em caso de risco de afogamento, procure o posto de atendimento mais próximo ou acione o CBMDF pelo telefone 193.