Mais de 1.100 Mulheres Protegidas no DF – Um Exemplo de Sucesso Contra a Violência Doméstica

Mais de 1.100 Mulheres Protegidas no DF – Um Exemplo de Sucesso Contra a Violência Doméstica

O Programa Viva Flor, uma iniciativa da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), tem se consolidado como um pilar fundamental na proteção de mulheres em situação de risco. Com números que superam 1.100 mulheres monitoradas, o programa demonstra a eficácia de uma política pública que une tecnologia, acolhimento humanizado e resposta rápida da polícia.

Crescimento Exponencial e Impacto Direto na Segurança

Apenas nos primeiros cinco meses de 2025, o Viva Flor incorporou 334 novas participantes, um aumento significativo que reflete a crescente demanda e a confiança no programa. Desde sua criação em 2018, o número de mulheres assistidas cresceu de forma constante, saltando de 74 em 2021 para as atuais 1.102. Essa expansão é resultado direto da atuação da Rede de Proteção e de campanhas de sensibilização.

As regiões administrativas de Santa Maria, Ceilândia, Gama, Planaltina, Riacho Fundo e Taguatinga concentram mais da metade das mulheres protegidas, com a faixa etária predominante entre 30 e 59 anos.

Tecnologia e Acolhimento: Pilares do Viva Flor

O diferencial do Viva Flor reside na combinação de ferramentas tecnológicas avançadas com um atendimento sensível e especializado. O programa oferece monitoramento eletrônico e permite o acionamento rápido da polícia em casos de emergência. Em 2025, essa agilidade resultou na prisão de 8 agressores por violação de medidas protetivas de urgência (MPUs).

Conforme destaca o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, “O Viva Flor é mais do que uma ferramenta tecnológica — é a ligação entre a mulher em situação de risco e o acolhimento institucional.” Ele ressalta ainda que, “Desde o início do programa, nenhuma mulher monitorada foi vítima de feminicídio, o que reafirma sua importância como política pública de segurança preventiva.”

Inicialmente, o Viva Flor funcionava via aplicativo de celular. A partir de 2021, foi introduzido um dispositivo próprio, semelhante a um telefone móvel, garantindo a inclusão de mulheres em maior vulnerabilidade. Ambas as ferramentas estão disponíveis para as mulheres com medidas protetivas.

Acesso Facilitado e Resposta Imediata

A entrada no programa é simplificada, ocorrendo por decisão judicial (medida protetiva) ou por ato administrativo do delegado de polícia. Essa inovação, estabelecida em portaria conjunta entre SSP-DF, PMDF e PCDF, reduziu drasticamente o tempo entre a denúncia e a disponibilização da proteção.

Ao acionar o dispositivo, o alerta chega instantaneamente ao Centro de Operações da PMDF (Copom), localizado no Centro Integrado de Operações de Brasília (CIOB). O sistema utiliza georreferenciamento, o que garante um rápido deslocamento das viaturas e potencializa a prevenção de crimes mais graves.

A juíza Fabriziane Zapata, coordenadora do Núcleo Judiciário da Mulher do TJDFT, reforça a importância do programa: “Em momentos de perigo, ele se torna a linha direta entre a vítima e o socorro imediato, garantindo que vidas sejam preservadas e que cada mulher tenha a chance de reescrever sua história com segurança e dignidade.”

Copom Mulher: Um Atendimento Especializado

O Copom Mulher, um serviço especializado da Polícia Militar do Distrito Federal, oferece um atendimento humanizado e qualificado. Por telefone, as policiais militares acolhem as vítimas, fornecem orientações sobre o ciclo da violência e os mecanismos de proteção disponíveis.

Segundo o chefe do Copom, tenente-coronel Rafael Delatorres, “O atendimento busca sensibilizar a vítima quanto à importância do registro da ocorrência e do acionamento da rede de apoio, sempre respeitando sua vontade e seus limites.” O objetivo é fortalecer a autonomia da mulher, incentivando-a a acessar os recursos legais e institucionais de forma segura e informada.

A subsecretária de Prevenção à Criminalidade da SSP-DF, Regilene Siqueira, conclui: “O enfrentamento à violência contra a mulher deve ser um compromisso de toda a sociedade. O Viva Flor faz exatamente isso: protege, acolhe e empodera. Nossa missão é garantir segurança e dignidade para que cada uma delas reconstrua sua trajetória com autonomia e paz.”

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Alvaro Maciel

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