Projeto questiona limites da IA e propõe alternativa com foco na colaboração humana
Pesquisa da UnB, com apoio da FAPDF, busca soluções além da automatização e destaca a importância da interpretação humana
Em meio à crescente popularização da inteligência artificial (IA) e aos debates sobre seus desafios, um projeto interdisciplinar da Universidade de Brasília (UnB), com fomento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), propõe uma abordagem inovadora: repensar a IA e explorar alternativas baseadas na interpretação humana e na colaboração.
Colaboração internacional
O estudo envolve uma ampla colaboração entre pesquisadores da UnB e da Universidade de Troyes, na França. Os pesquisadores franceses desenvolvem novas funcionalidades para a ferramenta TraduXio, enquanto o grupo brasileiro testa e avalia a aplicabilidade da tecnologia.
Alternativa à automatização
A tecnologia, baseada na plataforma Hyperglosae, promove a assistência à avaliação e à decisão, distanciando-se da ideia de que a IA deva necessariamente operar por meio de previsão e automatização.
“A inteligência artificial tem um enorme potencial, mas seu uso precisa ser constantemente avaliado à luz de seus impactos sociais, éticos e culturais. Esse projeto representa um passo importante na construção de abordagens mais colaborativas e inclusivas para o futuro da IA”, afirma o presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior.
Questões éticas e legais
O projeto se debruça sobre questões éticas e legais associadas ao uso da IA, incluindo vieses algorítmicos e questões de propriedade intelectual. Os pesquisadores defendem a necessidade de soluções alternativas que priorizem a colaboração humana e respeitem os direitos autorais.
Impacto e futuro
Os pesquisadores esperam que os resultados da pesquisa possam influenciar a regulação da IA e inspirar novas abordagens tecnológicas em diversas áreas.
“Tecnologia não precisa significar apenas automatização. Podemos desenvolver ferramentas que auxiliam na interpretação e na tomada de decisão, fortalecendo a inteligência coletiva”, destaca Philippe Claude, um dos coordenadores do estudo.





