CLDF exige transparência em compra do Banco Master pelo BRB

A recente notícia da aquisição de 49% das ações ordinárias do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB) gerou forte repercussão na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Deputados demonstraram preocupação com o uso de recursos públicos na operação e exigiram maior transparência no processo.
Debate e Críticas na CLDF
Durante a sessão plenária, o deputado Chico Vigilante (PT) criticou a operação, questionando o valor de R$ 2 bilhões pago pelo BRB, especialmente após informações de que o BTG Pactual avaliou o Banco Master em apenas R$ 1. Vigilante também expressou preocupação com a falta de controle do BRB sobre o Banco Master, mesmo após o investimento.
O presidente da CLDF, Wellington Luiz (MDB), defendeu a participação da Casa na decisão, argumentando que a medida traria mais transparência e segurança ao processo. Gabriel Magno (PT) reforçou a necessidade de autorização legislativa para a compra, alegando que a Lei Orgânica do DF exige tal procedimento.
Investigação e Questionamentos
Deputados como Gabriel Magno e Fábio Félix (PSOL) anunciaram medidas para investigar a operação, incluindo representações no Tribunal de Contas do DF (TCDF), na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no Banco Central e no Ministério Público Federal (MPF).
Max Maciel (PSOL) questionou a destinação dos R$ 2 bilhões, argumentando que o valor poderia ser investido em áreas prioritárias para o desenvolvimento do DF, como educação e saúde. Paula Belmonte (Cidadania) destacou a importância de ouvir o presidente do BRB, Paulo Henrique Bezerra Rodrigues Costa, que comparecerá à CLDF na próxima segunda-feira (7) para explicar a operação.
Governo Defende Transparência
O líder do governo na CLDF, deputado Hermeto (MDB), garantiu que a operação ainda não foi concluída e pediu paciência aos colegas, afirmando que o presidente do BRB apresentará todos os detalhes da transação na próxima semana.