Programa revolucionário protege quase mil mulheres no DF

O Distrito Federal se destaca na luta contra a violência doméstica com o programa Viva Flor, uma iniciativa da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) que monitora atualmente 941 mulheres sob medidas protetivas de urgência (MPU). Desde sua criação em 2018, o programa tem se mostrado um aliado crucial na segurança das vítimas, com um histórico impressionante de zero feminicídios entre as mulheres assistidas.
Crescimento Exponencial e Eficácia Comprovada
O número de mulheres monitoradas pelo Viva Flor cresceu significativamente ao longo dos anos. Em 2021, eram 74 mulheres, saltando para 101 em 2022. O ano de 2023 marcou um aumento expressivo, com 511 novas inclusões, resultado de ações de sensibilização e maior conscientização sobre o programa. Em 2024, mais 774 mulheres foram incluídas, e nos primeiros três meses de 2025, já são 124 novas beneficiárias.
Esse crescimento demonstra a confiança das mulheres no sistema de proteção e a eficácia do programa em romper ciclos de violência. A subsecretária de Prevenção à Criminalidade, Regilene Siqueira, destaca: “O Viva Flor se destaca como um exemplo de política pública eficaz, pautada na inovação, na sensibilidade e na atuação integrada do Estado. Ao fortalecer a confiança das mulheres no sistema de proteção, o programa rompe ciclos de violência e reafirma um compromisso inegociável com a vida”.
Tecnologia a Favor da Segurança
O Viva Flor utiliza tecnologia de ponta para garantir a segurança das mulheres. Através de um aplicativo no celular ou um dispositivo eletrônico dedicado, as vítimas podem acionar a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) com apenas um toque. O alerta é enviado diretamente ao Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob) ou ao Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), que prestam atendimento imediato.
O sistema também conta com georreferenciamento, permitindo a localização precisa da vítima e agilizando a resposta policial. Além disso, o Copom Mulher, um serviço especializado da PMDF, oferece suporte e acolhimento às mulheres em situação de risco.
Inclusão e Atuação Integrada
A inclusão no programa pode ocorrer por decisão judicial, através de medidas protetivas de urgência, ou por ato administrativo do delegado de polícia. Essa inovação agiliza o processo de proteção, reduzindo o tempo entre o registro da ocorrência e a implementação das medidas protetivas.
A delegada Adriana Romana, titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I (Deam I), ressalta a importância do programa: “O Viva Flor é uma ferramenta muito importante nos casos de descumprimento de medidas protetivas, de tentativa de feminicídio e outras situações excepcionais. A eficiência da ferramenta ocorre devido à atuação integrada entre as forças de segurança e o sistema de Justiça, ao dar prioridade à mulher em situação de violência doméstica e familiar. O Viva Flor salva vidas”.
Regiões com Maior Concentração de Casos
As regiões administrativas de Santa Maria, Ceilândia, Gama, Planaltina e Taguatinga concentram mais da metade dos casos de mulheres monitoradas pelo programa. A faixa etária predominante das beneficiárias é entre 30 e 59 anos.
O programa Viva Flor representa um avanço significativo na proteção das mulheres vítimas de violência doméstica no Distrito Federal. Através da tecnologia, da atuação integrada das forças de segurança e do compromisso com a vida, o programa se consolida como referência em segurança preventiva.