Mulheres cultivam o futuro da agricultura familiar no DF

Mulheres cultivam o futuro da agricultura familiar no DF

9,4 mil mulheres impulsionam a produção de alimentos saudáveis e fortalecem a economia rural no Distrito Federal.

Em um cenário onde a agricultura familiar se destaca como pilar da segurança alimentar, o protagonismo feminino se revela como força motriz. No Distrito Federal, 9,4 mil mulheres, representando 41,6% das propriedades rurais atendidas pela Emater-DF, dedicam-se ao cultivo de alimentos saudáveis e à gestão de seus negócios, consolidando sua presença no campo.

Do plantio à mesa: a força da mulher no campo

No coração do Lago Oeste, a produtora rural Maria do Carmo Souza Pereira, 70, conhecida como Irmã Carmen, personifica a força e a dedicação das mulheres no campo. Em sua propriedade de dez hectares, ela cultiva mais de 20 variedades de alimentos sem o uso de agrotóxicos, abastecendo a mesa dos brasilienses e contribuindo para programas de segurança alimentar do GDF.

“As mulheres são guerreiras”, afirma Irmã Carmen. “Só a gente sabe lidar com o alimento, embalar, conversar com o freguês. Temos um papel fundamental nessa produção”.

Apoio governamental e impacto social

A produção de Irmã Carmen, que em 2024 já soma 5,7 mil caixas de hortifrúti, é adquirida por meio de programas governamentais como o Pnae, PAA e Papa, garantindo acesso a alimentos saudáveis para a população e fortalecendo a economia rural.

“É uma honra muito grande saber que aquelas crianças da cidade comem o que eu planto”, declara Irmã Carmen. “Meus filhos já comeram muito na escola, e hoje eu posso contribuir com a alimentação de outras crianças, levando um alimento saudável, sem veneno.”

Desafios e conquistas

Apesar dos desafios, como a necessidade de mão de obra intensiva na produção orgânica, as agricultoras do DF seguem em frente, impulsionando um setor que movimentou aproximadamente R$ 6 bilhões em valor bruto em 2023.

“São mulheres que gerenciam suas produções, acessam créditos rurais e fazem parte de programas públicos”, destaca a extensionista rural Clarissa Campos Ferreira. “Elas enfrentam jornadas duplas e às vezes até triplas, mas mantêm a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis”.

O futuro da agricultura familiar no DF é feminino.

O protagonismo das mulheres no campo não apenas garante a produção de alimentos saudáveis, mas também fortalece a economia rural e promove a segurança alimentar da população.

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Alvaro Maciel

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