Guardião da História, Arquivo Público celebra 40 anos
Celebração inclui mostra no Cine Brasília com imagens inéditas da capital e incorporação de acervos de Lucio Costa e Oscar Niemeyer.
Em meio às comemorações dos 65 anos de Brasília, o Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF) celebra quatro décadas de existência nesta sexta-feira (14), como guardião da rica história da capital federal.
“Os 40 anos chegam em um momento em que o Arquivo Público se posiciona como uma das instituições de guarda e preservação de memória mais importante do país, até porque somos reconhecidos pela Unesco com o selo de Memória do Mundo. E nós também aproveitamos para celebrar a chegada de acervos que ajudam a integralizar, a contextualizar, a entender, a compreender a história de Brasília de uma forma mais ampla”, destaca o superintendente do ArPDF, Adalberto Scigliano.
Acervos de Lucio Costa e Oscar Niemeyer:
Entre os destaques das celebrações, está a incorporação de acervos particulares de grandes nomes da história de Brasília, como Lucio Costa e Oscar Niemeyer. O acervo de Lucio Costa, fruto de um acordo entre o GDF e a Casa da Arquitectura de Portugal, inclui rascunhos inéditos do projeto original do Plano Piloto.
Celebrações ao Longo do Ano:
As comemorações dos 40 anos do ArPDF se estenderão até o final do ano, com uma série de ações, como:
- Renovação da identidade visual do órgão.
- Intervenção artística nas fachadas da sede com grafites que remetem à história de Brasília.
- Lançamento de um box com as cadernetas da Comissão Cruls.
- Lançamento de um livro sobre a história do Arquivo Público.
- Criação da Comenda Ernesto Silva para homenagear personalidades e instituições que contribuíram para a preservação da memória do DF.
- Mostra de cinema no Cine Brasília com as primeiras imagens da capital.
História Preservada:
Criado em 1985, o ArPDF abriga um vasto acervo documental, incluindo documentos da Novacap, como as plantas originais da construção de Brasília e a ata do concurso do Plano Piloto. Essa coleção rendeu ao ArPDF o selo da Unesco de Memória do Mundo em 2007.
“São riquezas enormes”, enfatiza o historiador Elias Manoel da Silva, que trabalha no local há 20 anos. “O Arquivo Público e Brasília são duas dimensões de uma só coisa. Enquanto a capital construída é o corpo físico, o Arquivo Público é a alma”.





