Estudantes surdos visitam exposição de artista surdo e se inspiram com sua história

Alunos da Escola Bilíngue de Brasília têm a oportunidade de conhecer a exposição “Estrela do Silêncio” no Museu Nacional da República e vivenciar a representatividade no meio artístico.

A emoção da representatividade tomou conta do Museu Nacional da República nesta semana, com a visita de alunos surdos das escolas bilíngues de Taguatinga e da Asa Sul à exposição “Estrela do Silêncio”, do artista plástico Marcos Anthony.

Um Encontro Inspirador:

Os estudantes, transportados gratuitamente pelo GDF, vibraram com as obras interativas e a oportunidade de conhecer o trabalho de Marcos Anthony, o primeiro artista surdo a se formar em arquitetura no Brasil.

“Estou sentindo verdadeiramente a emoção que é transmitida nessa exposição, e no futuro eu quero seguir essa área”, disse Sofia Pontes Santos, 15 anos. “Acho importante ter exposições como essa para ter empatia com o outro, perceber que o surdo é capaz e que [a arte] não é só um desenho, mas transmite a história dele. Mostra essa comunicação com a arte”.

A História de um Artista Surdo:

As obras de Marcos Anthony retratam sua trajetória de vida, expressando a importância do amor e a superação de desafios. “É uma honra mostrar essa exposição para esse público”, afirmou o artista. “Uma criança olhou para mim e disse: ‘quando eu crescer, quero ser igual a você’. E isso para mim é muito grande, porque aqui eu falo muito sobre alcançar os sonhos e que todos somos capazes de qualquer coisa. Não há limitações”.

Representatividade e Inclusão:

A visita ao museu, com mediação em Libras, proporcionou uma experiência completa e enriquecedora para os estudantes. “Os nossos estudantes surdos verem um artista surdo e pensarem que têm essa possibilidade de um dia se tornarem um profissional que está expondo em um lugar que é de suma importância”, destacou Alliny Andrade, diretora da Escola Bilíngue do Plano Piloto.

Um Museu para Todos:

O Museu Nacional da República, com seu programa educativo “Museu é o Mundo”, busca democratizar a cultura e garantir o acesso à arte para todos. “O museu é um espaço gratuito e aberto a todos, então estamos sempre criando estratégias de acessibilidade e entendendo as necessidades da população para que ela possa experimentar e se sentir bem-vinda”, afirmou Fran Favero, diretora do museu.