Gestores da rede pública do DF discutem programa para alunos com defasagem escolar

Iniciativa busca reconstruir trajetórias escolares e combater o fracasso escolar, oferecendo apoio individualizado aos estudantes
Gestores das unidades de ensino fundamental da rede pública do Distrito Federal reuniram-se nesta quinta-feira (27) para debater o programa SuperAção 2025. A política visa atender 100% dos estudantes do 3º ao 8º anos que apresentam incompatibilidade idade/ano, buscando reconstruir suas trajetórias escolares e fortalecer a cultura de combate ao fracasso escolar.
SuperAção: Resgatando Estudantes e Construindo Futuros
O programa SuperAção é destinado a estudantes de 10 a 15 anos, com até dois anos de defasagem escolar, que estejam em transição para a adolescência. A iniciativa oferece apoio individualizado, organização curricular diferenciada e escuta qualificada, buscando recuperar a autoestima dos alunos e reconectá-los com a aprendizagem.
“Nós queremos que o Distrito Federal seja um território livre do analfabetismo adulto. Buscamos resgatar esses estudantes, dando a eles uma dignidade, um futuro melhor, com novos horizontes e oportunidades”, destacou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.
Apoio Individualizado e Resultados Positivos
Gestores e professores recebem orientações e treinamentos para identificar os alunos elegíveis e oferecer o suporte necessário. “O estudante participante do SuperAção terá uma organização curricular e uma escuta diferenciada. Dessa forma, ele é motivado a aprender e tem a autoestima recuperada, reconectando-se com as aprendizagens”, explicou Fabíola Gonzaga, gerente de Atenção às Aprendizagens da SEEDF.
A ex-estudante Emanuele Sena, que participou do programa, relata: “Os professores me acompanharam durante todo esse processo; eu me senti acolhida, senti que poderia continuar sem medo. Isso me motivou muito a terminar a escola, porque eu pensava que não iria terminar”.
Expectativas para 2025
Para 2025, a expectativa é avançar no apoio aos professores, com formações e criação de um repositório de atividades e projetos para o programa.
“Muitos desses estudantes estão esperando uma única oportunidade de serem vistos, serem percebidos conforme a sua necessidade, porque muitos são os fatores que fizeram com que eles estivessem nessa situação de incompatibilidade idade/ano”, observou a subsecretária de Educação Básica, Iêdes Braga.