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Meta permite associação de LGBT a doenças e gera polêmica mundial

Meta permite associação de LGBT a doenças e gera polêmica mundial
(FILES) Mark Zuckerberg, CEO of Meta, listens as he testifies during the US Senate Judiciary Committee hearing, "Big Tech and the Online Child Sexual Exploitation Crisis," in Washington, DC, on January 31, 2024. - Social media giant Meta announced on January 7, 2025, a significant rollback of its content moderation policies, including the termination of its third-party fact-checking program in the United States. "We're going to get rid of fact-checkers and replace them with community notes similar to X (formerly Twitter), starting in the US," Meta Founder and CEO Mark Zuckerberg said in a post on social media. (Photo by ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP)

A decisão da Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, de flexibilizar suas regras de moderação de conteúdo e permitir a associação de transexualidade e homossexualidade a doenças mentais tem gerado grande repercussão e críticas em todo o mundo.

A decisão da Meta

A nova política da Meta permite que publicações que associem a identidade de gênero e a orientação sexual a doenças mentais sejam permitidas, desde que estejam vinculadas a discursos políticos ou religiosos. Essa decisão contraria o consenso científico que considera a homossexualidade como uma variação normal da sexualidade humana e não como uma doença.

Críticas e repercussões

A decisão da Meta tem sido amplamente criticada por organizações de defesa dos direitos humanos, como a Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (Antra), que protocolou uma representação no Ministério Público Federal contra a empresa. A medida também tem sido alvo de críticas de especialistas em saúde mental e de direitos humanos em todo o mundo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Conselho Federal de Psicologia (CFP) já se manifestaram contra a associação da homossexualidade a doenças mentais. A OMS retirou a homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde em 1990, e o CFP possui uma resolução que impede que psicólogos tratem a homossexualidade como doença.

Impacto nas redes sociais

As novas regras da Meta podem ter um impacto significativo nas redes sociais, permitindo a disseminação de discursos de ódio e desinformação contra a comunidade LGBTQIA+. Essa situação pode gerar um aumento nos casos de violência e discriminação contra essas pessoas.

O que dizem as organizações de defesa dos direitos humanos?

Organizações como a Coalizão Direitos na Rede e a Al Sur alertam que as mudanças na moderação de conteúdo da Meta promovem a violência de gênero e impulsionam os grupos que divulgam discursos de ódio. Elas afirmam que as novas medidas negligenciam os impactos reais dessas práticas de violência online.

A justificativa da Meta

A Meta justifica a mudança de postura alegando que está se “livrando de uma série de restrições sobre tópicos como imigração, gênero e identidade de gênero”. No entanto, críticos argumentam que essa decisão coloca em risco a segurança e o bem-estar de milhões de usuários.

E agora?

A decisão da Meta levanta importantes questionamentos sobre o papel das grandes empresas de tecnologia na moderação de conteúdo e na proteção dos direitos humanos. É fundamental que a sociedade civil, os governos e as próprias empresas de tecnologia trabalhem juntos para garantir um ambiente online seguro e respeitoso para todos.

*Com informações da Agência Brasil 

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Alvaro Maciel

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