DF alerta para o racismo presente no dia a dia e promove ações antirracistas

Expressões como “lista negra” e “serviço de preto” são exemplos de microagressões que perpetuam o racismo estrutural
Novembro, mês da Consciência Negra, é um momento crucial para refletir sobre o racismo e suas diversas manifestações. No Distrito Federal, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) intensificou as ações para combater o racismo estrutural e promover a igualdade racial.
Através da subsecretaria de Direitos Humanos e Igualdade Racial, a Sejus-DF oferece cursos de letramento racial para servidores públicos, com o objetivo de conscientizar sobre as diversas formas de discriminação e a importância de usar uma linguagem inclusiva.
“O racismo está presente na forma como imaginamos o mundo, como hierarquizamos as pessoas e como criamos expectativas de papeis para certos grupos”, afirma Renata Nogueira, antropóloga social pela UnB.
Expressões como “lista negra”, “serviço de preto” e “mulata cor do pecado” são exemplos de microagressões que reforçam estereótipos racistas e perpetuam a desigualdade. É fundamental desconstruir esses discursos e promover uma cultura antirracista.
Dados do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) revelam que, apesar de a população negra representar a maioria no DF, ela ainda ocupa menos espaços de poder e está subrepresentada em diversos setores.
“É por isso que tenho defendido políticas transversais dentro de nossa secretaria, porque o entendimento do exercício da cidadania é único”, afirma Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania.