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Projeto Afrocientistas empodera jovens negros e transforma a educação no DF

Projeto Afrocientistas empodera jovens negros e transforma a educação no DF

O projeto Afrocientistas, presente em diversas escolas do Brasil, está transformando a vida de jovens negros no Distrito Federal. A iniciativa, que oferece informações e metodologias inovadoras sobre questões étnico-raciais, tem sido fundamental para a formação da identidade e autoestima desses estudantes.

No DF, o projeto já impactou a vida de centenas de jovens, como Júlia Brandão, que relata ter se reconhecido como uma mulher negra e forte por meio das rodas de conversa do projeto. “Eu me enxerguei como uma mulher preta. Em uma das rodas nós começamos a falar sobre os nossos traços físicos – ‘seu cabelo é lindo; sua cor é linda’. Isso foi reforçando uma alegria dentro de mim”, conta a estudante.

A iniciativa também tem sido fundamental para que os jovens se sintam representados e valorizados na escola. “Chegar à escola e ter acesso a projetos como esse faz com que nos sintamos abraçados não apenas como alunos, mas como pessoas negras”, afirma William Rosa, outro participante do projeto.

Educação antirracista nas escolas do DF

Com mais de 45% dos estudantes da rede pública do DF se declarando pretos ou pardos, a Secretaria de Educação (SEEDF) tem intensificado as ações para promover a educação antirracista. A pasta está elaborando um protocolo que irá orientar as escolas sobre como trabalhar essa temática de forma mais efetiva.

“O objetivo é que a rede pública consolide a compreensão de que não basta não ser racista, é preciso educar nossas crianças e jovens para serem antirracistas”, afirma Patrícia Melo, diretora de Serviços de Apoio à Aprendizagem, Direitos Humanos e Diversidade.

O papel da arte e da cultura

A arte e a cultura também são ferramentas importantes para promover a educação antirracista. O projeto Afrocientistas utiliza diversas linguagens artísticas, como a dança e a música, para abordar temas complexos e despertar o interesse dos jovens.

“Por meio da dança, que é uma arte muito energética, nós conseguimos levar esse tipo de cultura. Muitas vezes as pessoas não têm muita paciência para ouvir palestras, mas quando você coloca uma dança, quando você coloca uma música que as pessoas gostam, elas prestam mais atenção”, observa Marcos Vinícios Gomes, coordenador da oficina de dança na escola.

Um futuro mais justo e igualitário

O projeto Afrocientistas e as iniciativas da Secretaria de Educação demonstram que é possível transformar a realidade das escolas e construir um futuro mais justo e igualitário para todos. Ao promover a educação antirracista, estamos formando cidadãos mais conscientes e engajados na luta por um mundo mais justo e igualitário.

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Alvaro Maciel

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