China lança sua própria Starlink e desafia domínio espacial dos EUA
Em um movimento que promete reconfigurar a corrida espacial, a China acaba de dar um grande passo ao lançar sua própria constelação de satélites de internet, com o objetivo de competir diretamente com a Starlink de Elon Musk.
O que aconteceu?
Na terça-feira, a empresa estatal chinesa Shanghai Spacecom Satellite Technology (SSST) colocou em órbita os primeiros 18 satélites de sua constelação “Thousand Sails”, a bordo de um foguete Longa Marcha 6. Essa é a primeira etapa de um ambicioso projeto que visa criar uma rede de internet de alta velocidade capaz de cobrir todo o planeta.
Por que isso é importante?
- Concorrência com a Starlink: A Starlink, da SpaceX, já possui cerca de 5.500 satélites em órbita e oferece internet de alta velocidade em diversas partes do mundo. A iniciativa chinesa representa uma tentativa clara de desafiar o domínio da empresa de Elon Musk nesse mercado.
- Implicações militares: Os satélites de órbita baixa (LEO), como os da Starlink e da constelação chinesa, operam em altitudes relativamente baixas e oferecem vantagens em termos de custo e desempenho. No entanto, o controle dessas órbitas também tem implicações militares significativas, uma vez que podem ser utilizadas para comunicações e outras atividades estratégicas.
- Guerra espacial: A guerra na Ucrânia demonstrou a importância da Starlink para as comunicações no campo de batalha, e a mídia estatal chinesa já alertou para a ameaça que a constelação americana representa para os interesses chineses. A nova constelação chinesa pode ser vista como uma resposta a essa percepção de ameaça e parte de uma disputa mais ampla pelo domínio espacial.
O que isso significa para o futuro?
A corrida espacial está se intensificando, com a China e os Estados Unidos investindo pesadamente em suas respectivas constelações de satélites. Essa competição promete trazer benefícios para os consumidores, com a possibilidade de internet mais rápida e acessível em todo o mundo. No entanto, também levanta preocupações sobre a militarização do espaço e a intensificação da rivalidade entre as duas potências.