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Rede Pública de Saúde Oferece Mais de 80 Unidades para Ajuda a Quem Quer Parar de Fumar no DF

Rede Pública de Saúde Oferece Mais de 80 Unidades para Ajuda a Quem Quer Parar de Fumar no DF

Fumantes do Distrito Federal encontram suporte em dezenas de locais de atendimento especializados

Cerca de 8,4% da população adulta do Distrito Federal (DF) é fumante, segundo dados do Ministério da Saúde. Além disso, o uso de cigarros eletrônicos por jovens e o índice de fumantes passivos são motivos de crescente preocupação. Para ajudar aqueles que desejam abandonar o vício, a Secretaria de Saúde (SES) oferece mais de 80 unidades de atendimento em todo o DF.

Um Exemplo de Luta: Dênis Soares Oliveira

Dênis Soares Oliveira, um eletricista de 45 anos, é um exemplo de persistência. Fumando desde a juventude, ele consome atualmente 40 cigarros por dia, apesar de enfrentar um quadro de diabetes avançado. “Eu já parei de beber álcool, mas a minha vontade é parar de fumar. Quando tento parar, fico muito nervoso. Vai ser difícil, mas vamos conseguir”, conta Dênis.

Dênis se inscreveu no grupo de combate ao tabagismo da Unidade Básica de Saúde (UBS) 7 de Ceilândia, onde receberá atendimento de uma equipe multidisciplinar composta por farmacêutico, nutricionista, assistente social, médica, terapeuta ocupacional e equipe de enfermagem.

Estatísticas de Tratamento

Em 2023, 1.673 pessoas buscaram o serviço da SES para parar de fumar. Destas, 647 completaram o tratamento e 337 conseguiram abandonar o vício, o que representa cerca de 20,1% do total. O acompanhamento contínuo e a possibilidade de tentar várias vezes são fatores que contribuem para o sucesso da estratégia.

Importância do Tratamento Multidisciplinar

“O tratamento para parar de fumar não se resume ao uso de medicamentos”, explica Ronaldo Kobayashi, farmacêutico da UBS 7 de Ceilândia. “Questões emocionais e o apoio coletivo são fundamentais. Há casos de pacientes que usam medicamentos e não conseguem parar, enquanto outros conseguem sem auxílio medicamentoso”, acrescenta.

Preocupação com Cigarros Eletrônicos e Fumantes Passivos

A pesquisa Vigitel Brasil de 2023 mostrou uma redução no índice de fumantes no DF, passando de 11,8% em 2021 para 8,4% em 2023. No entanto, a crescente popularidade dos cigarros eletrônicos entre jovens preocupa especialistas. “Os dispositivos eletrônicos contêm substâncias tóxicas e cancerígenas, além de nicotina, que é altamente viciante”, alerta a médica pneumologista Nancilene Melo.

Outro dado alarmante é o índice de fumantes passivos: 10,4% da população do DF está exposta à fumaça de cigarros em casa. “Os fumantes passivos correm os mesmos riscos que os fumantes ativos, incluindo doenças cardiovasculares e câncer de pulmão”, destaca Nancilene.

Conclusão

Com uma abordagem multidisciplinar e mais de 80 unidades de atendimento, a rede pública de saúde do DF oferece um suporte vital para aqueles que desejam parar de fumar. Seja enfrentando o vício do cigarro tradicional ou dos dispositivos eletrônicos, os fumantes encontram nos serviços da SES a ajuda necessária para melhorar a própria saúde e a de seus familiares.

Com informações da Secretaria de Saúde

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Alvaro Maciel

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