Rede de proteção feminina no DF é ampliada: cinco Casas da Mulher Brasileira até o final do ano

O Distrito Federal terá um importante reforço no combate à violência contra a mulher: até o final do ano, cinco Casas da Mulher Brasileira (CMBs) estarão em funcionamento. Além da unidade já existente em Ceilândia, inaugurada em 2021, outras quatro novas estruturas estão em construção: no Recanto das Emas, Sobradinho II, São Sebastião e Sol Nascente.
Mais acolhimento e oportunidades para as mulheres
As novas CMBs, com 270 m² cada, oferecerão um ambiente acolhedor e seguro para as mulheres em situação de violência. Os espaços contarão com recepção, salas para atendimentos psicossociais, brinquedoteca com fraldário, salas administrativas, área de convivência interna e externa com paisagismo e estacionamento acessível.
Serviços completos e gratuitos
As CMBs oferecerão diversos serviços essenciais para as mulheres vítimas de violência, como:
- Acolhimento e escuta qualificada por equipe multidisciplinar (agentes sociais, psicólogos, pedagogos e educadores sociais);
- Análise das demandas e encaminhamentos para apoio de órgãos parceiros;
- Orientação jurídica;
- Medidas protetivas;
- Apoio psicológico;
- Capacitação profissional e geração de renda, por meio do espaço “Empreende Mais Mulher”;
- Encaminhamento para abrigos, em casos de necessidade.
Um investimento na vida das mulheres
As obras das novas CMBs são financiadas pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, em parceria com a Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF). O investimento total é de R$ 8,8 milhões, sendo R$ 4,9 milhões provenientes de emendas federais para o DF e R$ 3,9 milhões de contrapartida do Governo do Distrito Federal.
Um marco na luta contra a violência de gênero
Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, as CMBs representam um marco na luta contra a violência de gênero no Distrito Federal. “Esses espaços multifuncionais não apenas oferecem suporte às vítimas, mas também simbolizam os esforços do governo para erradicar a violência contra a mulher”, afirma. “Aumentaremos significativamente o atendimento humanizado e integral às vítimas, além de promover a autonomia econômica, uma possibilidade real de saída de relacionamentos abusivos”, complementa.
Um porto seguro para as mulheres em situação de violência
Uma moradora de Ceilândia, que prefere não se identificar, relata a importância do apoio recebido na CMB local após sofrer ameaças do ex-marido. “É um lugar completo, tem tudo que a gente precisa. Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida na época da separação”, conta a mulher de 54 anos.
As novas Casas da Mulher Brasileira representam um passo importante na construção de uma sociedade mais justa e igualitária para as mulheres.