Projeto vai tratar de compostagem de resíduos das feiras do DF
Em discussão, iniciativa visa transformar matéria orgânica em adubo de alta qualidade, com a participação das cooperativas de catadores
Agência Brasília* | Edição: Carolina Lobo
O Serviço de Limpeza Urbana (SLU), junto com outras entidades e órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), está desenvolvendo um projeto inovador para tratar os resíduos orgânicos das feiras permanentes do Distrito Federal. O objetivo é destinar esses resíduos, que representam entre 70% e 80% do total, para a compostagem, um processo natural que converte a matéria orgânica em adubo de alta qualidade, que pode ser usado na agricultura familiar.
“É um desejo nosso que o Distrito Federal seja referência de eficiência no aproveitamento dos resíduos”Silvio Vieira, diretor-presidente do SLU
A ideia do projeto surgiu de uma visita do diretor-presidente do SLU, Silvio Vieira, e outros técnicos da autarquia à cidade de São Paulo, onde conheceram a iniciativa de compostagem exclusiva com os produtos das feiras.
“É um composto de mais alta qualidade, que tem os seus usos permitidos para outras atividades, além daquelas que recebem o composto orgânico de lixo que já produzimos. É um desejo nosso que o Distrito Federal seja referência de eficiência no aproveitamento dos resíduos”, afirma Silvio Vieira.
O projeto conta com parceria da Subsecretaria de Mobiliário Urbano e Apoio às Cidades (Sumac), da Central de Cooperativas de Trabalho de Materiais Recicláveis do Distrito Federal (Centcoop) e do Instituto Pólis, que possui acordo de cooperação técnica com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) para o desenvolvimento de tecnologias relacionadas à compostagem.
Nesta terça-feira (20), foi realizada uma reunião do grupo para ajustar as expectativas e definir as atribuições de cada entidade envolvida no projeto, que ainda está em fase de debate antes do lançamento do projeto-piloto.
De acordo com a chefe da Unidade de Medição e Monitoramento do SLU, Andréa Almeida, o projeto é inovador. “A ideia é termos um gerenciamento integrado dos resíduos das feiras para fazermos uma compostagem específica. É algo inovador para Brasília. Estamos buscando uma ação conjunta entre o governo e demais entidades para fazer esse projeto funcionar”, explica.
“É um projeto muito inovador e que tem muito a somar no trabalho dos feirantes. Os trabalhadores das feiras necessitam de soluções para os seus resíduos e esse projeto nos deixa muito satisfeitos”, destaca a subsecretária de Mobiliário Urbano e Apoio às Cidades, Ana Lúcia Melo.
O plano é que a Centcoop administre as atividades do projeto, com o apoio do SLU. Até o momento foram identificadas 36 feiras no DF aptas a participar. Foram levantados os dados das feiras do Núcleo Bandeirante, da Estrutural e da Feira do Produtor de Ceilândia. O grupo trabalha agora para escolher quais serão as feiras participantes do projeto-piloto.
*Com informações do Serviço de Limpeza Urbana (SLU)