Saiba como descartar óleo corretamente

Conheça os diversos pontos de entrega voluntária do DF e evite prejuízos ao meio ambiente
Jak Spies, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader
Amorim explica que está sendo discutida uma legislação que prevê pontos fixos para recolher o óleo usado e atualização dos postos listados no site. “São resíduos perigosos para o meio ambiente e para a saúde humana, principalmente se associados a outros materiais. O descarte inadequado promove muitos malefícios, desde a contaminação da água até a impermeabilização do solo e a liberação de gases tóxicos na decomposição”, alerta Amorim.
Pontos de coleta

O subsecretário garante que o descarte nos pontos de entrega voluntária é simplificado, seguro, higiênico e sem perigo de vazamento. O óleo usado é destinado à produção de insumos em indústrias como a agropecuária, produção de biodiesel, entre outros.
“Quando o óleo é lançado na rede coletora, ele se solidifica e pode causar obstrução ou aderir a outros materiais, podendo causar vazamentos nos canos”Ana Maria Mota, superintendente de Operação e Tratamento de Esgotos da Caesb
A dica para um descarte correto é colocar o óleo produzido em garrafas pet ou recipientes menores e encaminhar aos postos de coleta. Neste link, há os PEVs disponíveis para a coleta não só de óleos usados no DF, mas também de outros materiais. Para saber onde é o mais próximo, basta clicar nos ícones que lembram uma garrafinha de óleo de cozinha espalhados pelo mapa.
Entupimento de canos
Vale ressaltar que a rede de esgoto não foi projetada para receber esse tipo de produto, que pode ser muito prejudicial à tubulação. Muita gente ainda cozinha e joga o óleo na pia, cometendo uma irregularidade.
A substância pode se tornar um dos principais vilões de problemas na rede de esgoto. Quando chega à rede, o óleo se solidifica e faz com que a tubulação fique obstruída, levando ao mau funcionamento das estações de tratamento.
“Podemos usar uma analogia com as veias. Quando o óleo é lançado na rede coletora, ele se solidifica e pode causar obstrução ou aderir a outros materiais, podendo causar vazamentos nos canos”, explicou a superintendente de Operação e Tratamento de Esgotos da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Ana Maria Mota.
A superintendente destacou, ainda, que a composição presente nos óleos pode matar os microrganismos que fazem o tratamento biológico dos fluidos, afetando a qualidade da água por essa perda de biomassa. “Para a preservação é importante que as pessoas façam bom uso da rede. Começando por não usar o vaso ou a pia como lixeira”, completou.
Água de qualidade
O sistema de esgoto de Brasília é composto pelas redes coletoras e estações de bombeamento. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) é a responsável por ações de orientação e fiscalização hidrossanitária.
No DF, 100% do esgoto é tratado, sendo que 87% é processado em um nível terciário na capital, com a remoção de fósforo e nitrogênio. Esse tratamento evita o processo de eutrofização, no qual há o surgimento excessivo de organismos, como algas e cianobactérias, que diminuem o oxigênio da água e podem causar danos em um corpo d’água, como lagos e rios.
Em duas unidades da Caesb há caminhões de limpeza de caixa de gordura. Nas próprias unidades é separado o líquido do sólido e a parte seca é encaminhada ao aterro sanitário.