Sessenta pessoas, entre gestores e coordenadores do programa Agentes Locais de Inovação (ALI) das regiões Norte e Centro-Oeste do país, participaram do Encontro Regional de Gestores do ALI. Durante dois dias, eles conheceram a metodologia de trabalho e suas atualizações. Os participantes coordenarão 340 agentes de inovação em seus estados e os agentes contribuirão na implantação da inovação em empresas, escolas e até em negócios na zona rural.
No Distrito Federal, 55 bolsistas e 5 orientadores irão trabalhar no ALI pelos próximos dois anos. Os bolsistas selecionados pela instituição, serão facilitadores do processo de inovação em pequenos negócios, escolas, propriedades rurais ou territórios selecionados a integrar a Rede de Agentes no Distrito Federal.
“O ALI é um dos maiores projetos que o Sebrae no DF executa e é com muita honra que a gente vê ele crescendo. Ele é impactante não só para as empresas, mas também para a sociedade, à medida que ele transforma e dá subsídios para as empresas melhorarem a execução dos seus serviços, dando suporte e levando inovação”, disse a diretora técnica do Sebrae no DF, Diná da Rocha Loures Ferraz.
Considerado um dos precursores no processo de implantação ALI, o gerente de Atendimento Personalizado do Sebrae no DF, Ricardo Robson, apontou aos participantes os avanços do programa, principalmente na execução.
“Quando a gente fez todo o processo de contratação dos agentes, pegamos o manual e seguimos. Está tudo escrito lá. Tudo já passou pela auditoria do nacional e pela assessoria jurídica. Ou seja, os instrumentos estão todos montados”, disse.
Desde sua criação em 2006, o ALI realizou o atendimento de 105 mil empresas em todo o Brasil. No Distrito Federal foram 2.300. Atualmente, o ALI é considerado o maior programa da América Latina para o aumento da produtividade e competitividade de micro e pequenas empresas.
“É um grande orgulho fazer parte da história do ALI e ter essa marca dentro do meu portfólio”, complementou Ricardo.
O marco legal da inovação permitiu que o sistema Sebrae operasse o ALI diretamente, sem a necessidade de interposição de uma entidade de pesquisa. Nas apresentações, os participantes do encontro puderam entender como auxiliar os empreendedores, trocaram experiências e conheceram histórias que foram transformadas por meio do programa.
“Um senhor muito humilde chegou e falou: – Marcos, eu queria agradecer pelo anjo que você mandou na minha empresa. Perguntei: – Como assim um anjo? E ele me respondeu: – O agente local de inovação não é só um agente, ele é um anjo. Ele ajudou a salvar a minha empresa, ajudou a salvar o meu casamento e a minha família”, contou, emocionado, o coordenador de Inovação do Sebrae Nacional, Marcos Vinicius Lopes Bezerra.
A analista técnica e gestora do projeto ALI Produtividade e Transformação Digital no Sebrae Amapá, Kessya Barros, concordou que o encontro em Brasília proporcionou aos participantes uma importante troca de experiências.
“Somos um sistema. Cada estado com as suas particularidades e com as suas realidades. Quando a gente vem para um momento como esse, em que ouvimos o que o colega da ponta está fazendo e, muitas vezes, nos vemos diante das mesmas dificuldades, é que conseguimos enxergar soluções. É algo valoroso para nós que estamos ali no dia a dia junto com o bolsista, junto com aquela micro e pequena empresa fazendo com que esse programa aconteça”, ressaltou.
Camilla Carvalho é gerente de compliance e controle do Sebrae Goiás. O trabalho dela será apoiar os gestores na implementação de controles para mitigar os riscos na execução do processo, com os bolsistas, consultores de apoio e empreendedores.
“Implantando controles, melhorando os seus processos e automatizando o que for possível automatizar. Acho que o grande ganho desse encontro, hoje, foi juntar não apenas os gestores do programa, mas também as unidades de controle, complementando esses olhares”, disse.
Atendimento personalizado
Neste ciclo, o ALI tem em todo o país, 1.945 bolsistas divididos em seis categorias. No DF, os facilitadores trabalharão em quatro dessas modalidades: ALI Produtividade; ALI Educação Empreendedora; ALI Transformação Digital; e ALI Rural. No ALI Educação Empreendedora, os bolsistas atuarão em 300 escolas do Distrito Federal.
Formado em Direito, Paulo Gammaro, sempre foi apaixonado pela estratégia comercial. Em 2018, ele participou do ALI e agora retorna no ciclo 2023 para integrar o time de ALI Produtividade. O agente continua um trabalho de acompanhamento que começou, naquele ano, com a empreendedora Cris Koressawa. Os dois participaram do Encontro Regional de Gestores do ALI para contar o diferencial de um trabalho personalizado.
“É muito bom acompanhar a Cris nesse processo e ver ela com um entendimento do mercado de design de interiores, onde se faz presente o posicionamento estratégico digital e uma nova perspectiva do profissional de arquitetura em relação aos seus clientes”, destacou.
Cris Koressawa é designer de interiores e gestora de projetos. Segundo ela, o programa e a atuação do Paulo fizeram a diferença em sua empresa. “Enriqueceu muito o meu posicionamento, porque a partir do momento que eu me enxerguei no mercado, os meus potenciais, analisando os riscos, entendendo onde eu poderia atuar e criar novos produtos, foi que consegui, inclusive, cobrar mais e aumentar o meu valor. Foi muito positivo!”