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ChatGPT: o que é e seus desdobramentos

ChatGPT: o que é e seus desdobramentos

Desenvolvido pela startup OpenAI, criada por Elon Musk, inteligência artificial é capaz de se assemelhar à linguagem humana e tem levantado debates sobre seu uso

A popularização da inteligência artificial (IA) e as sofisticações dela decorrentes tem levantado debates acerca de sua aplicação. O caso mais recente é o do ChatGPT, lançado como protótipo em novembro do ano passado e aberto ao público.

Desenvolvida pela OpenAI, startup de pesquisa de aprendizado de máquina fundada por Elon Musk, a ferramenta de IA se comporta como um mecanismo de buscas. Especializada em diálogo, a tecnologia é capaz de receber perguntas dos usuários e respondê-las. Além disso, o chatbot gera rascunhos de e-mail, sugestões de códigos, poemas e textos acadêmicos, por exemplo. Com a ferramenta, é possível filosofar sobre a vida e até mesmo resolver problemas matemáticos.

A princípio, o ChatGPT foi bem recebido pela sociedade. O The New York Times o classificou como o “melhor chatbot de inteligência artificial já lançado para o público geral”. E ganhou o título de “Breakthroughs of the Year” do The Atlantic. Já o The Guardian afirmou que a tecnologia impressiona pelo seu detalhamento e similaridade com a escrita humana.

O Insider publicou nesta terça-feira, 10, que a Microsoft está negociando investimento de US$ 10 bilhões na OpenAI. As informaçoes são de relatório da Semafor, com informações de pessoas familiarizadas com o tópico. Segundo especulações, a big tech estaria planejando aplicar a tecnologia no pacote Office, em aplicativos como Word e até mesmo em seu serviço de e-mails. Em 2019, a companhia já investiu cerca de US$ 1 bilhão na startup.

Qual é o problema do ChatGPT?

Apesar do sucesso, sua aplicação vem levantando questões acerca dos limites de aplicação da inteligência artificial. A sofisticação de suas capacidades pode apresentar problemas para diversos segmentos, como educação, cybersegurança e afetar a própria busca por conhecimento. A imprensa internacional também reagiu negativamente ao ChatGPT, apontando a capacidade “alucinante” da tecnologia.

Segundo a CNN Business, escolas públicas da cidade de Nova York proibirão o uso do chatbot por estudantes e professores nas redes e dispositivos do distrito. A reportagem cita as crescentes preocupações de que a ferramenta gera respostas convincentes, proporcionando que alunos trapaceiem em redações e tarefas, no geral. Há também os que alegam que a tecnologia dá respostas imprecisas.

Universidades australianas já decidiram retornar a tarefas em papel e caneta após casos de estudantes utilizando a inteligência artificial para criar textos. A informação foi publicada pelo The Guardian. O veículo pediu regulamentação governamental da ferramenta, dado o questionamento sobre informações confiáveis geradas por pelo ChatGPT na internet que podem gerar maiores implicações.

Especializada em situações jurídicas, a empresa DoNotPay protagonizará o primeiro caso de tribunal em que um réu utilizará a ferramenta de IA em sua defesa. O ChatGPT deverá definir o que o advogado ou o acusado deverá falar ao longo do processo após ouvir o discurso na corte por meio de um ponto eletrônico. Ademais, de acordo com o Tecnoblog, o ChatGPT estava sendo usado para o desenvolvimento de malwares e incrementação de scripts maliciosos sob o pedido de determinados códigos.

Aplicações na criatividade

Segundo artigo do AdAge, criativos estão recorrendo ao ChatGPT para gerar ideias para marcas, escrever resumos rápidos para clientes e criar esboços do TikTok. O recurso també tem sido avaliado para ser aplicado aos comerciais do Super Bowl, mas isso não deverá acontecer.

Em seu nível mais básico, o chatbot parece um mecanismo de busca, mas pode ser mais sofisticado do que isso, dando às agências de publicidade um novo lugar para gerar ideias. Craig Elimeliah, diretor de design de experiência da VMLY&R, começou a usar o ChatGPT e geradores de arte de IA, como Dall-E e Midjourney, como parte de sua rotina diária. Antes que alguém sugira que o ChatGPT está escrevendo um anúncio original ou que está pronto para substituir as agências de publicidade, não é isso que acontece. “Isso vai tornar as pessoas boas melhores”, disse Elimeliah, “e acho que vai realmente eliminar muitas pessoas que pensam que podem usá-lo como carona”. Contudo, o criativo ressalta, no AdAge, que “o computador não tem bom gosto”, evidenciando as expertises humanas e timing que máquinas não são capazes de operar.

Do Meio e Mensagem

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Alvaro Maciel

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