“Os serviços prestados pelos voluntários possuem grande relevância pública para a sociedade do Distrito Federal e para a melhoria dos serviços prestados aos usuários do SUS”Adriana Mello, gerente do Voluntariado da Secretaria de Saúde
O Programa de Voluntariado Social contempla interessados que possuam nível médio ou superior (completo ou em andamento) para contribuir com a sua área de talento, como cantores, cabeleireiros e contadores de histórias, entre outros. Estes voluntários são regidos pela Portaria nº 180, de 31 de agosto de 2016.
Já o Programa de Voluntariado Profissional contempla interessados com formação na área em que pretendem atuar e que possuam registro profissional no conselho de classe (quando a profissão o tiver). A atividade é realizada em caráter espontâneo, sem remuneração e sem vínculo empregatício, sendo regida pela Portaria nº 216, de 11 de novembro de 2016.
“Quando conheci, eu era gerente da UPA do Núcleo Bandeirante. Fizemos o projeto e a convocação dos voluntários. A adesão foi muito boa. Tive a oportunidade de entender o quanto eles foram importantes para a Secretaria de Saúde”Evilásio Souza Ramos, subsecretário de Gestão de Pessoas, ao falar do programa de voluntariado
O voluntário escolhe o dia e o horário em que poderá ajudar e dirigir-se à unidade de saúde de seu interesse, na qual procurará pela comissão de voluntariado local, ou poderá encaminhar e-mail com currículo, detalhando o local e a área de interesse, para o endereço eletrônico [email protected]. Adriana Mello reforça que o trabalho não é remunerado e a carga horária é de no mínimo 2 horas e no máximo 40 horas semanais, comprovadas por meio de assinatura de frequência.
O subsecretário de Gestão de Pessoas, Evilásio Souza Ramos, conhece o programa há seis anos e afirma ter muito apreço pelo trabalho desenvolvido. “Quando conheci, eu era gerente da UPA do Núcleo Bandeirante. Fizemos o projeto e a convocação dos voluntários. A adesão foi muito boa. Tive a oportunidade de entender o quanto eles foram importantes para a Secretaria de Saúde”, avalia.
Todas as atividades voluntárias contam com um supervisor. No Hospital Regional da Asa Norte (Hran), existem 28 voluntários no momento. O supervisor dos voluntários de enfermagem do sexto andar da unidade, Carlos Henrique Pereira, é responsável no momento por três dos profissionais que fazem parte de sua equipe. Ele mesmo já foi um voluntário.
“Hoje temos, aqui no andar, dois enfermeiros e um técnico em enfermagem. Somos uma clínica que requer mão de obra especializada. Quando o voluntário chega, ele agrega valores e conhecimentos. Quando saem daqui, eles estão prontos para o mercado de trabalho”, diz. De acordo com Carlos Henrique, cerca de 90% dos voluntários que ingressam no seu setor são recém-formados e sem experiência na área de atuação. “Para o paciente, o programa também é muito importante. O voluntário tem zelo e atenção pelo paciente”, ressalta.
Depois de seis anos de formada, a enfermeira Marta Antônia da Rocha está tendo o primeiro contato com a profissão por meio do programa de voluntariado do Hran. Ela faz parte da equipe de Carlos Henrique. Em um mês de atuação, Marta define o trabalho como um divisor de águas em sua vida. “É uma oportunidade para me ajudar a ser inserida no mercado de trabalho. Essa é minha primeira experiência. Desde que me formei, não tive oportunidade para atuar na área”, explica. Marta divide seu tempo entre fazer o trabalho voluntário e estudar para o concurso de servidor efetivo da SES.
A presidente da Comissão de Voluntários do Hran, Bianca de Lacerda, lembra que o trabalho de voluntários contribui para suprir a demanda de algumas clínicas do hospital. “Para trabalhar aqui, todos passam por uma triagem, em que toda documentação é analisada”, detalha.