Qual a diferença entre vinhos biodinâmicos, naturais e orgânicos?

Será que todas elas denotam vinhos “sustentáveis” ou ecologicamente corretos?
As preocupações com o meio ambiente e com a sustentabilidade do planeta estão cada vez mais prementes e fazem com que o mundo do vinho acompanhe essa tendência.
Assim, alguns produtores e consumidores, sempre que podem, tentam mostrar que estão atentos a essas questões. Dessa forma, os vinhos ditos naturais, orgânicos ou biodinâmicos aparecem com força no mercado. Mas qual seria a diferença entre essas nomenclaturas?
Será que todas elas denotam vinhos “sustentáveis” ou ecologicamente corretos?
Vamos começar pela categoria orgânico. O vinho orgânico é produzido sem o uso de pesticidas artificiais, fungicidas, herbicidas etc., de acordo com regras estabelecidas por órgãos internacionais. Os viticultores podem cultivar e combater problemas usando produtos naturais, como o dióxido de enxofre, ou introduzir predadores ou induzir a confusão sexual usando feromônios. Na vinícola, também se devem evitar aditivos.
O próximo passo é o biodinâmico. A vinificação biodinâmica segue os princípios do filósofo Rudolf Steiner tentando promover equilíbrio e harmonia nas culturas usando de meios como a pulverização de infusões de substâncias naturais, assim como seguir as fases da lua para gerenciar a vinha, colheita, vinificação etc.
Nem todos os vinicultores que adotam práticas orgânicas ou biodinâmicas optam por obter uma certificação, que é dispendiosa e demorada para adquirir.
Por fim, a classificação mais controversa é a “natural”. Diferentemente da viticultura orgânica ou biodinâmica, não existe um órgão de supervisão que atribua a certificação “natural” aos produtores de vinho e, dessa forma, não há uma regra pré-estabelecida universal.
A ideia principal é intervir o menos possível nos processos, seja cultivo, seja vinificação. Evitam-se produtos químicos sintéticos, filtragem, adição de leveduras industriais, açúcar ou enzimas e alguns podem até nem regular a temperatura de fermentação.
Ou seja, o que você procura ao comprar um vinho com essas classificações? Se for respeito à natureza, os certificados orgânicos e biodinâmicos são garantias. Mas lembre-se que há vários produtores que adotam diversas práticas orgânicas e biodinâmicas, porém não estampam isso no rótulo, pois não são (ou não querem ser) certificados.
Então vale a pena conferir a história do produtor e do vinho, especialmente dos que se dizem naturais para conferir quais práticas são essas e se estão de acordo com o que você busca.