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Lançado projeto para fortalecer três setores econômicos do DF

Lançado projeto para fortalecer três setores econômicos do DF
Brasília.Lago Paranoá.Foto Luís Tajes/Setur-DF

Malharias, turismo náutico e produtos de cultivo de valor agregado voltados ao mercado gourmet são o alvo do programa Economias Transformadoras

O Instituto Bombeiros de Responsabilidade Social (Ibres), em parceria com o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), está desenvolvendo o projeto Economias Transformadoras: Arranjos Produtivos do Distrito Federal.

Realizado com recursos viabilizados por intermédio de emenda parlamentar da deputada Jaqueline Silva, o projeto tem como pilar estruturante mapear e identificar três setores produtivos locais: malharias, turismo náutico e produtos de cultivo de valor agregado voltados ao mercado gourmet.

O turismo náutico foi escolhido porque Brasília tem a quarta maior frota náutica do país e o segmento gera mais de 7 mil empregos diretos e 14 mil indiretos | Foto: Divulgação/Setur

O projeto pretende fortalecer os segmentos apontados e potencializar a economia do DF, com a elevação do capital social, geração de emprego e renda e desenvolvimento de parcerias nos setores. Busca também contribuir com fornecimento de dados para o aperfeiçoamento de políticas públicas de apoio, aumento da integração e competitividade dos pequenos empresários, e incrementar a produtividade nas regiões administrativas, onde essas empresas se encontram.

O setor de malharias foi selecionado a partir da análise que apontou o comportamento do setor de vestuário do DF. Apesar de o setor registrar crescimento, a análise demonstrou, com base em estudos realizados pela Codeplan em 2019, que a produtividade industrial do DF está abaixo da média nacional.

O projeto Economias Transformadoras prevê uma série de ações que serão desenvolvidas ao longo deste ano de 2022

Os elementos que validaram a escolha do setor de turismo náutico destacaram que Brasília tem a quarta maior frota náutica do país, como cerca de 55 mil embarcações registradas na Capitania Fluvial Brasília, e mais de 7 mil empregos diretos e outros 14 mil empregos indiretos, conforme dados do SindLazer.

Já o terceiro e último setor mapeado, refere-se aos produtos de cultivo de valor agregado voltados ao mercado gourmet, que se configura como um setor recente, ainda pouco estruturado, mas muito promissor, com grandes indicativos de valor econômico e potencial de expansão.

Os produtos de cultivo gourmet possuem alto valor agregado, isto é, a concepção dos consumidores quanto ao custo e qualidade desses produtos é diferenciada. Com isso, são capazes de atender a um público de maior poder aquisitivo e que apreciam novidades, inclusive chefes de cozinha, restaurantes, hotéis e bufês.

O programa buscará impulsionar o setor de malharias do DF, que apresenta produtividade industrial abaixo da média nacional | Foto: Reprodução Pixabay

Nessa direção, será possível desenvolver uma visão orientada para gerar resultados para o conjunto de empreendimentos mapeados, que contribuam para a ampliação do fomento ao setor e para o desenvolvimento territorial sustentável.

O projeto Economias Transformadoras prevê uma série de ações que serão desenvolvidas ao longo deste ano. Entre as realizações, destaca-se o Programa de Capacitação – DF Produtivo, a ser ofertado aos trabalhadores dos setores selecionados, considerando que uma das principais demandas do setor produtivo está na necessidade de investir em formação.

Já na próxima semana será o início da atuação dos pesquisadores, que realizarão visitas no comércio e o levantamento de dados do setor

Outra ação resultante do mapeamento será um catálogo com dados dos setores de turismo náutico, malharias e produtos de cultivo de valor agregado. A publicação apresentará um conjunto de informações dos empreendimentos pesquisados.

Haverá, ainda, a implantação de uma plataforma digital e de um aplicativo, iniciativas que vão evidenciar o vasto conjunto de empreendimentos identificados e possibilitará uma maior aproximação e integração entre produtor e consumidor; e ainda, o desenvolvimento de soluções que beneficiem a produtividade dos setores participantes.

A iniciativa recebe apoio de dois grupos de pesquisa da Universidade de Brasília (UnB): o Grupo de Estudos em Pecuária (GPec), composto por professores e estudantes de graduação e mestrado da área de ciências agrárias da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, e o Grupo de Estudos em Horticultura (Gehorti).

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A primeira etapa de mapeamento teve início na última segunda-feira (7), com a realização da oficina de capacitação Metodologia de Campo, voltada para os colaboradores que irão atuar na pesquisa e busca de informações sobre as empresas que atuam nos setores de turismo náutico, malharias e produtos de cultivo com valor agregados.

Durante o encontro, os participantes puderam compreender sobre arranjos produtivos locais, sobre regiões administrativas do DF, e ainda, identificar e levantar informações para apoiar as ações de Governança Setorial e dos Diálogos Estratégicos, próximas etapas do Economias Transformadoras.

Logo após a oficina, foi definido que o primeiro setor a ser mapeado será o de malharias, com diversas empresas em todo o DF. Já na próxima semana será o início da atuação dos pesquisadores, que realizarão visitas no comércio e o levantamento de dados do setor.

*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do DF

Agência Brasília* | Edição: Rosualdo Rodrigues

 

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Alvaro Maciel

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