Criptomoedas podem gerar crise financeira global, diz órgão regulador
Em rápida evolução, o mercado de criptomoedas pode se tornar uma ameaça à estabilidade financeira global, diz o Financial Stability Board (FSB) em um novo relatório publicado no dia 16 de fevereiro.
De acordo com o FSB, essa possibilidade de crise financeira é por conta do tamanho das criptomoedas, das fragilidades estruturais e das relações crescentes com o sistema financeiro tradicional.
O Financial Stability Board (FSB), vale salientar, é uma entidade internacional composta por reguladores de 24 países e jurisdições. É ele que monitora e realiza recomendações sobre o sistema financeiro global.
Por que essa informação é tão alarmante?
Como grandes investidores vêm se envolvendo nesse mercado, instabilidades significativas no mercado de criptomoedas podem causar uma sequência de eventos inusitados, conforme foi dito pelo FSB.
A possibilidade de uma crise financeira desencadeada pelo mercado das moedas virtuais foi comparada pelo FSB ao caso ocorrido me 2008, em que as empresas ligadas ao mercado imobiliário levaram à ocorrência de uma crise financeira global.
O FBS citou ainda que as ameaças para a estabilidade financeira podem crescer rapidamente. Além disso, o órgão ainda acrescenta que os formuladores de políticas para esse tipo de dinheiro digital precisam se empenhar em combater esses riscos.
O FBS diz que bancos e outras instituições financeiras estão se tornando cada vez mais sujeitas a efetuar atividades e adquirir exposições a ativos criptográficos. Portanto, existe a possibilidade de consequências para a estabilidade financeira global, caso “a atual trajetória de crescimento e interconectividade de criptoativos para essas instituições continuar”, diz o órgão.
Regulamentação das criptomoedas no Brasil
No Brasil, a regulamentação das criptomoedas foi aprovada no dia 22 de fevereiro pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O substitutivo do senador Irajá (PSD-TO) foi acolhido pelo colegiado e o texto pode ser encaminhado diretamente para a Câmara do Deputados, caso não haja artifício para votação em Plenário.
A intenção da proposta, substitutivo a 3 projetos de lei dos senadores Flávio Arns (Podemos-PR), Styvenson Valentim (PODEMOS-RN) e Soraya Thronicke (PSL-MS), é combater crimes virtuais e práticas ilícitas, como lavagem de dinheiro, fraudes e outros.