A história
Don Vito Corleone (Marlon Brando) é o chefe de uma “família” de Nova York que começa o filme feliz pois casou sua filha Connie (Talia Shire). Só que durante a festa, Bonasera (Salvatore Corsitto) é visto no escritório de Don Corleone pedindo vingança contra membros de uma quadrilha. Vito discute, mas os argumentos de Bonasera o sensibilizam. E ele promete que os homens serão severamente castigados. Vito porém deixa claro que ele pode chamar Bonasera algum dia para devolver o “favor”. Do lado de fora, no meio da festa, está o terceiro filho de Vito, Michael (Al Pacino). Ele é um capitão da marinha condecorado que há pouco voltou da 2ª Guerra Mundial. Universitário educado, sensível e perceptivo, ele quase não é notado pela maioria dos presentes. A exceção é sua namorada da faculdade, Kay Adams (Diane Keaton), que não tem descendência italiana, mas que ele ama.
Os verdadeiros problemas começam para Vito com Sollozzo (Al Lettieri), um gângster que tem apoio de uma família rival. Sollozzo, em uma reunião com Vito, seu filho Sonny (James Caan) e outros, conta para a família que ele pretende estabelecer um grande esquema de vendas de narcóticos em Nova York. Só que ele exige permissão e proteção política de Vito para agir. Don Corleone odeia esta ideia, pois está satisfeito em operar com jogo, mulheres e proteção. Mas isso será apenas a ponta do iceberg de uma mortal luta entre as “famílias”.
The Offer
O filme e seus bastidores sempre despertaram a atenção do público. Inclusive há uma minissérie, programada para estrear em abril no Paramount Plus, que conta a história justamente do que aconteceu por trás das cenas. Ela se chama The Offer. Vai acompanhar as histórias do produtor vencedor do Oscar Albert S. Ruddy (Miles Teller) e sua empreitada para fazer o filme. O elenco ainda terá Matthew Goode como Robert Evans, Dan Fogler como Francis Ford Coppola, e Justin Chambers (Grey’s Anatomy) como Marlon Brando. Há também um filme sobre o assunto, ainda em pré-produção, chamado Francis and the Godfather. Jake Gyllenhaal e Oscar Isaac estrelarão como Robert Evans e Francis Ford Coppola. A direção será de Barry Levinson.
Dez curiosidades sobre O Poderoso Chefão
- Francis Ford Coppola foi contratado por Robert Evans depois que Peter Bodagnovich, entre outros, recusaram o trabalho.
- Houve muita briga entre a Paramount e Coppola durante as filmagens. Chegaram até a pensar em substituí-lo por Elia Kazan. Mas Marlon Brando ameaçou abandonar o filme se isso acontecesse.
- O papel de Michael Corleone foi oferecido para Warren Beatty, Jack Nicholson, e Dustin Hoffman. Todos recusaram. Al Pacino foi contratado com um salário de 35 mil dólares.
- Os produtores tinham oferecido o papel de Sonny para Burt Reynolds, mas Marlon Brando o vetou. Em entrevista anos depois, Burt disse que tinha ficado envaidecido que ele tinha Brando tinha ficado preocupado com isso. James Caan ficou no lugar.
E ainda…
- Jill Clayburgh, Susan Blakey, e Michelle Phillips fizeram teste para o papel de Kay, que acabou ficando com Diane Keaton.
- Elvis Presley era um grande fã do livro de Mario Puzo, e chegou a fazer teste para o papel de Tom Hagen. Mas o que ele queria mesmo era o de Vito Corleone. Nada acabou dando certo.
- A bebê usada no batizado de Michael Francis Rizzi (filho de Connie) foi a filha de Coppola, Sofia. Esta posteriormente acabou ganhando um papel de destaque em O Poderoso Chefão 3, mas era péssima atriz. Se deu muito melhor como diretora de filmes como Encontros e Desencontros.
- A famosa cena da cabeça de cavalo é uma das mais lembradas do filme. Coppola usou uma cabeça verdadeira comprada de uma fábrica de comida para cães (argh!). Mas não avisou o ator John Marley, que ficou realmente assustado conforme pôde ser visto na cena.
- O Poderoso Chefão rendeu cerca de 243 milhões de dólares nas bilheterias mundiais. Em números de hoje, seria algo em torno de 720 milhões.
- O filme ganhou três Oscars: filme, roteiro adaptado e ator (Marlon Brando). Só que Brando não compareceu, e enviou uma índia chamada Sacheen Littlefeather, para representá-lo. Recusou o prêmio e usou o tempo para falar sobre o mau tratamento dado aos índios no cinema americano. Mais tarde se soube que ela não era índia e sim uma atriz de nome Marie Louise Cruz.